19 de Dezembro de 2018 às 08:03

Boletim diário Expocaccer 18-12: Cotação do arábica na ICE* encerrou o dia novamente em baixa

Produção nacional teve um crescimento de 37% em relação ao ano anterior

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em baixa, à 99,40 cents/lb (-70 pontos) no vencimento março/19. O mercado externo estende as perdas dos últimos pregões com operadores atentos às informações de oferta, após dados da Conab, e ao câmbio.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou nesta terça-feira que a produção de café para a safra de 2018 é de 61,7 milhões de sacas beneficiadas, um crescimento de 37% em relação ao ano anterior, o que representa um recorde na série histórica do grão no país. A produção apontada, inclusive supera em cerca de 10 milhões de sacas o melhor desempenho registrado em 2016.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 98,78 e posteriormente em 98.17. Já resistências vistas em 100.43 e 101.47.
 
De acordo com a Somar Meteorologia, as próximas duas semanas devem ser mais secas nas regiões produtoras de café do pais. As eventuais chuvas que devem ocorrer se darão de maneira isolada em forma de pancadas ao final da tarde. A segunda quinzena de dezembro deve ser em média até três graus mais quente que a média do mês.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta frente ao real, cotado à R$3,9020 (+0,20%) em dia de agendas enfraquecidas, com o mercado acompanhando o cenário norte-americano e as especulações que rondam a decisão do Federal Reserve marcada para amanhã. Por aqui, o Banco Central do Brasil manteve os contratos de swap cambial tradicional. 

A nova rodada de desvalorização dos contratos de petróleo também deixou o ambiente de negócios menos favorável às divisas emergentes. Numa lista de 33 divisas globais, 11 perdiam terreno para o dólar, todas sensíveis ao vaivém das commodities ou de países em desenvolvimento.

Quanto à decisão do Fed amanhã, a expectativa é a adoção de um tom mais ameno para o processo de elevação de taxas em 2019. No entanto, o que ainda traz alguma preocupação é o pano de fundo por trás disso: as principais economias do mundo, incluindo os Estados Unidos, têm mostrado sinais de desaceleração, o que sustenta o risco de uma futura recessão à frente.


Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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