INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em em baixa, cotado à 97,25 cents/lb (-240 pontos) no vencimento setembro/19, tocando a mínima de 96.40 (-325 pontos).

Segundo a Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel), o café solúvel do Brasil pode ampliar mercado após a conclusão das negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que gerou grande repercussão para o produto brasileiro como um dos itens incluídos no pacto, com o café solúvel sendo destacado em discursos do governo federal e em diversas reportagens da imprensa nacional e internacional. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 96.28 e posteriormente em 95.32. Já resistências vistas em 98.33 e 99.42.

Já de acordo com a Somar Meteorologia, por enquanto o ar seco toma conta das áreas produtoras de café, impede a formação de nuvens de chuva e garante até mesmo o calor durante as tardes. Uma frente fria já avança pelo Sul do país provocando chuva e diminuindo a temperatura. No fim de semana deve gear no Sul do país, mas o café do Paraná não terá temperaturas tão baixas e portanto não tem risco de geada. No fim de semana a chuva alcança as áreas de café do Sudeste, a temperatura cai, mas por causa ainda da presença de umidade, dificilmente irá gear nas áreas produtoras de São Paulo e Sul de Minas.

DÓLAR

-- O dólar comercial fechou em alta no dia de hoje, cotado à R$3,8480 (+0,78%), de olho no aumento das preocupações em torno da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Trump anunciou no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre US$ 300 bilhões restantes em importações da China a partir de 1º de setembro, no momento em que prosseguem as negociações para tentar amenizar tensões entre as duas maiores economias do mundo.

A guerra comercial vem preocupando o mercado financeiro na medida em que investidores enxergam que a disputa pode atingir outros países e, portanto, representar uma ameaça à economia global. Diante do cenário de incerteza, os agentes buscam investimentos considerados mais seguros, como o dólar, e o aumento da demanda faz a cotação da moeda norte-americana subir.

Como já era esperado, o Fed cortou a taxa básica de juros na quarta-feira, mas surpreendeu mercados financeiros a afirmação do chefe do BC dos EUA, Jerome Powell, de que o movimento pode não ser o início de uma campanha prolongada para proteger a economia contra riscos que incluem uma fraqueza da economia global.

Na cena interna também houve corte de juros ontem, com a decisão do Banco Central de cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, levando a taxa a uma mínima histórica de 6%. Porém o BC indicou que o processo de afrouxamento poderá seguir adiante, com a fraqueza econômica, inflação bem comportada, melhora no ambiente externo e avanço da reforma da Previdência.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial