INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa, cotado à 92,10 cents/lb (-240 pontos) no vencimento maio/19. Depois de reação na semana passada, o mercado voltou a ser pressionado pelas informações de ampla oferta, chegando a tocar a mínima dos últimos 13 anos.
A produção mundial de café para a safra 2018-2019 está estimada em aproximadamente 174 milhões de sacas, volume que representa um crescimento de 34% em relação às 130 milhões de sacas produzidas há uma década, na safra 2009-2010. Nesse contexto, o maior país produtor de café, que é o Brasil, em 2018, colheu 61,66 milhões de sacas, o que representa em torno de 35% da produção mundial. O Vietnã, segundo maior produtor, com 30,4 milhões de sacas, corresponde a 17,5% da produção mundial, e o terceiro – Colômbia -, que produziu 14,3 milhões de sacas, sua safra equivale a 8,2% da produção do planeta.
Nos últimos dez anos, a safra brasileira de café teve crescimento de 56% no volume produzido, passando de 39,5 milhões de sacas em 2009 para 61,66 milhões de sacas em 2018. Entretanto, nesse mesmo período, o Valor Bruto da Produção de café, que é calculado com base no volume produzido e nos preços médios recebidos pelos produtores, teve crescimento de apenas 34%, pois em 2009 a receita bruta foi de R$ 18,91 bilhões e em 2018 atingiu R$ 25,25 bilhões.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 90,90 e posteriormente em 89.70. Já resistências vistas em 94,05 e 96.00.
De acordo com a Somar Meteorologia, o mês de Abril começa com tempo firme no centro e sul do país, o que inclui grande parte das áreas produtoras tanto de Arábica como de Conilon. A partir do meio da semana, o avanço de uma frente fria pela costa deverá provocar pancadas de chuva entre o Sul e o Sudeste do Brasil e no final da semana a temperatura deve diminuir nestas duas Regiões.
DÓLAR
-- O dólar comercial fechou em baixa no dia de hoje, cotado à R$3,8760 (-1,04%), com um cenário de maior apetite por risco no exterior após dados inesperados de recuperação da indústria da China e sinais de progresso nas negociações entre Washington e Pequim.
A maior disposição por risco no exterior beneficiou as moedas emergentes nesta segunda-feira, mas o impacto sobre o real era em parte limitado ainda por resquícios das tensões políticas da semana passada, o que pôde ser percebido também no baixo fluxo de venda de dólares.
O Índice de Gerente de Compra (PMI, na sigla em inglês) oficial da China mostrou, no domingo, que a atividade industrial cresceu inesperadamente em março pela primeira vez em quatro meses. O PMI do Caixin/Markit, divulgado nesta segunda-feira, também mostrou retorno ao crescimento da indústria do país.
Sinais de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China também endossam o apetite por risco. EUA e China disseram que fizeram avanços nas discussões concluídas na sexta-feira em Pequim, com Washington afirmando que foram "francas e construtivas".
No domingo, a China disse que continuará suspendendo tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos EUA após 1º de abril, em um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas, um gesto de boa vontade após decisão norte-americana de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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