30 de Outubro de 2018 às 08:28

Boletim Diário da Expocaccer 29/10/2018

Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 114,25 cents/lb (-540 pontos).

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

-- Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 114,25 cents/lb (-540 pontos). Após trabalhar em alta na parte da manhã, chegando a tocar a máxima de 122,80 (+315 pontos), o mercado inverteu o movimento e buscou a maior queda desde junho de 2017 em um movimento de realização de lucros. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 111,20 e posteriormente em 108.15. Já resistências vistas em 120.05 e 125.85.
 
De acordo com a Somar Meteorologia, bons volumes de chuvas nas principais regiões produtoras de café arábica do Brasil têm auxiliado o pegamento das flores que já estão abertas e também proporcionado a abertura de nova florada para a safra 2019-20, a ser colhida no ano que vem. Na última semana as chuvas ocorreram em todas as regiões produtoras do país, inclusive em Rondônia e no Cerrado Mineiro, onde foram registrados os maiores volumes, além do Sul de Minas Gerais. Nessas regiões as chuvas superaram os 75 mm e levaram maior nível de umidade aos solos. Essas chuvas também ajudaram a recuperar e manter a umidade dos solos no Espírito Santo, norte do Paraná e na região da Mogiana, no estado de São Paulo. As temperaturas, de uma forma geral, ficaram acima da média em todas as regiões produtoras, mesmo onde houve um excesso de chuva, como na região do Cerrado Mineiro. Entretanto essas temperaturas mais altas não chegaram a prejudicar as recentes floradas, pois as chuvas ajudaram a melhorar as condições dos solos e manter em boas condições o desenvolvimento dos cafezais nessas áreas. Assim, os cafezais do Brasil seguem em boas condições de desenvolvimento, principalmente nas áreas que tiveram suas principais floradas entre o final de agosto e o mês de setembro e que agora já tem os cafezais em fase de formação de frutos. Porém, com maior umidade no ar e temperaturas mais altas, a preocupação ficou em relação ás condições fitossanitárias e a ocorrência de doenças nos cafezais, principalmente as doenças fúngicas, que vai exigir maior controle das doenças por parte dos produtores, que estão tendendo a reduzir os investimentos nos cafezais em função dos baixos preços obtidos na última safra.

DÓLAR


-- O dólar comercial após o dólar cair quase 10% no mês até a sexta-feira antes das eleições, os investidores tiraram a segunda-feira, para ajustar as cotações e realizar lucros, onde fechou cotado à R$3,7060 (+1,39%), seguindo a confirmação da vitória de Jair Bolsonaro (PSL). 
Logo na abertura, o dólar aqui chegou a cair para a mínima do dia, a R$ 3,5828, a menor cotação intraday desde o início de maio, influenciada pelo desmonte de algumas posições compradas no mercado futuro e entrada de fluxo externo, de acordo com operadores. Mas com a vitória de Bolsonaro praticamente incorporada nas cotações nas últimas semanas, a euforia com a confirmação do resultado nas urnas durou pouco e já de manhã a moeda reverteu a queda e passou a subir, com estrangeiros deixando a bolsa e buscando proteção no dólar em meio ao aumento da aversão ao risco no exterior. Mais cedo, duas agências de classificação de risco, Moody’s e Fitch, alertaram para a necessidade de reformas em 2019, sobretudo para o ajuste fiscal.

O mercado externo mais adverso ajudou o movimento e a moeda americana bateu máximas na parte da tarde, no mesmo momento que os preços no exterior tiveram piora, por conta da promessa de mais taxas feitas pela Casa Branca em produtos da China comprados pelos Estados Unidos. Outro ponto também, foi a leitura dos dados de inflação nos Estados Unidos que reforçaram a expectativa de aperto monetário.

Entre as moedas de países emergentes e ligados a commodities, o peso mexicano foi penalizado pela notícia de que o próximo governo do país desistiu de um projeto bilionário de construção de um novo aeroporto na Cidade do México.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial


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