O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 120 pontos (-1,00%) no vencimento maio/18, cotado à 117,75.
Já o dólar fechou estável, cotado à R$3,3320.
Bica corrida idéia de R$425,0
INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
Nesta quarta-feira (28), a cotação do arábica na ICE fechou em baixa à 117,75 cents/lb (-120 pontos) no contrato maio/18. Após apresentar seguidos movimentos de alta nos dois últimos pregões, se aproximando do patamar dos 120 cents/lb, ajustes técnicos naturais são vistos e em reação às seguidas altas apresentadas pelo câmbio.
Nesta semana, as cotações do arábica tiveram suporte importante de indicadores e previsão de condições mais secas nos próximos dias em áreas produtoras do Brasil. A Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), no entanto, prevê boas condições para o período de colheita.
A produção de café arábica da Colômbia aumentou em torno de 90% em apenas quatro safras, pois passou de 7,6 milhões de sacas de 60kg da safra 2011/2012 para 14,6 milhões na safra 2016/2017. Esse resultado positivo do aumento expressivo da produção é atribuído diretamente a um programa bem-sucedido de renovação das lavouras, implementado e apoiado pelo governo colombiano.
O referido programa está garantindo recursos financeiros para que o país renove* mais 100 mil hectares de café até 2024*. Com isso, a produção colombiana deverá atingir 18 milhões de sacas brevemente. Até o momento o país já renovou 700 mil hectares de suas lavouras de café, no período de 2009 a 2017, cuja área total cultivada está estimada em 900 mil hectares.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 117,00 e posteriormente em 116.25. Já resistências vistas em 118.85 e 119.95.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, uma massa de ar seco ganha força e inibe a formação de nuvens de chuva nas áreas produtoras do conilon de Minas Gerais e a chuva se torna mais isolada também no conilon capixaba nesses próximos 5 dias. Nas áreas produtoras do arábica entre o norte do Paraná e o triângulo mineiro, a chuva continua e com acumulados que chegam aos 50mm no norte do Paraná. No decorrer da semana que vem, volta a chover de maneira mais expressiva ao longo da faixa leste da Região Sudeste, por causa da passagem de uma frente fria pela costa.
DÓLAR
No pregão de hoje, o dólar operou em boa parte do dia no lado positivo da tabela, chegando a tocar a máxima de R$3,3460, mas encerrou sem alterações, cotado à R$3,3320. O movimento de alta veio mesmo após o Banco Central anunciar nova intervenção no mercado, com leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, conhecido como leilão de linha.
No exterior, o jornal estatal chinês Global Times noticiou que a China anunciará em breve uma lista de tarifas retaliatórias sobre exportações dos Estados Unidos para o país. Além disso, notícias de que o presidente norte-americano, Donald Trump, e a chanceler alemã, Angela Merkel, discutiram "unir forças para combater" as práticas econômicas da China e o suposto roubo de propriedade intelectual, aumentaram os temores de que as tensões comerciais possam ganhar corpo.
Uma economia mais robusta nos Estados Unidos pode levar o mercado a começar a prever alta adicional de juros além das outras duas previstas para este ano pelo Federal Reserve, banco central do país. Com isso, recursos aplicados em outras praças, como a brasileira, podem se dirigir ao mercado norte-americano. Esse movimento pode encontrar respaldo no diferencial de juros, em meio à redução da Selic brasileira, atualmente na mínima histórica de 6,50% ao ano e com apostas de que continuará recuando.
Ante divisas de emergentes, o dólar operava misto, com baixa ante o peso mexicano e alta ante a lira turca e o rand sul-africano.
O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 12,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, e concluiu a rolagem do vencimento de abril, de 9,029 bilhões de dólares.
Italo Henrique. Expocaccer / Departamento Comercial
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