CAFÉ
Nesta quinta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte baixa, à 115,75 cents/lb (-170 pontos), após ter operado o dia todo no lado negativo da tabela, reagindo à forte alta apresentada pelo câmbio no dia anterior.
Os estoques privados de café do Brasil foram estimados em 9,8 milhões de sacas ao término da safra 2017, volume 0,4% menor na comparação anual e o menor desde 2012, informou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo levantamento.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra 2018/19 no Brasil alcançou 38% do total até terça-feira, avanço de sete pontos percentuais na semana, mas ainda atrasada na comparação anual. Ainda de acordo com a consultoria, há um ano a colheita atingia 44% do esperado no país e a média para esta época do ano, tendo por base as últimas cinco safras, é de 46%.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 114,97 e posteriormente em 114.18. Já resistências vistas em 118.08 e 116.92.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, por causa da formação de áreas de instabilidade, a quinta-feira (28) amanheceu com céu carregado no interior da Região Sul do Brasil, onde até o fim do dia poderá chover forte em muitos municípios. No entanto, nas áreas produtoras do Paraná, que compreendem o norte do Estado, a chuva ocorre de forma muito fraca e isolada. Além disso, a partir de amanhã o tempo seca em quase todo Paraná, onde até meados do mês de julho não há previsão de chuva. No Sudeste, estas mesmas áreas de instabilidade aumentam a quantidade de chuva, mas nas áreas de café o tempo segue firme e quente, hoje e nos próximos dias. As demais áreas do Sudeste permanecem sob a influência de uma massa de ar seco, pelo menos até meados do próximo mês.
DÓLAR
O dólar terminou a sessão desta quinta-feira em baixa ante o real, cotado à R$3,8570 (-0,49%), acompanhando a trajetória da divisa norte-americana ante a maioria das moedas emergentes no exterior, um dia depois de ter subido mais de 2%, para o maior nível desde o começo do mês.
No exterior, o dólar teve leves oscilações ante a cesta de moedas e recuava ante a maioria das divisas emergentes e de exportadores de commodities, como o peso mexicano. Em nova divulgação, a economia norte-americana cresceu 2% no primeiro trimestre deste ano, em dado revisado para baixo da taxa de 2,2% divulgada no mês passado devido ao desempenho mais fraco dos gastos dos consumidores em quase cinco anos.
Internamente, a pesquisa Ibope mostrou que o pré-candidato do PSL à Presidência, deputado Jair Bolsonaro, lidera a corrida presidencial no cenário sem o ex-presidente Lula (PT), com 17% das intenções de voto, mas tecnicamente empatado no limite da margem de erro com Marina Silva (Rede), que registrou 13%.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) veio a seguir, com 8%, à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 6% na pesquisa, que tem margem de erro de 2%, para cima ou para baixo.
O Banco Central não anunciou novas intervenções no mercado cambial para esta sessão. Apenas realizou o último leilão de swaps para rolagem do vencimento de julho, que totalizava 8,762 bilhões de dólares, com oferta de 8,03 mil contratos, vendidos integralmente.
Em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, repetiu que a autoridade continuará acompanhando os mercados, dando liquidez e usando diversos instrumentos, se necessário, e que não vê problemas em ir além com os estoques de swaps cambiais.
Italo Henrique - Expocaccer / Departamento Comercial
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