CAFÉ
Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 98,50 cents/lb (-140 pontos). O mercado se acomoda tecnicamente depois das altas do final da semana passada e volta a sentir pressão da valorização do dólar ante o real e diante de informações sobre a safra brasileira.
Os estoques de café mantidos nos portos europeus aumentaram 2,3% em agosto, mostraram dados da Federação Europeia do Café (ECF) nesta segunda-feira. Os estoques no final de agosto estavam em 705.483 toneladas, acima das 689.372 toneladas do mês anterior.
Os dados da ECF abrangem os principais portos de armazenamento de café (Antuérpia, Hamburgo, Gênova, Le Havre, Trieste e Barcelona).
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 97,53 e posteriormente em 96.57. Já resistências vistas em 99.78 e 101.07.
De acordo com o Clima Tempo, as principais regiões cafeeiras do país devem ficar mais secas, pelo menos pelos próximos 15 dias. As temperaturas mínimas devem superar os 20 graus no Cerrado Mineiro e Alta Mogiana Paulista. As temperaturas máximas podem superar os 32 graus em Varginha-MG.
DÓLAR
O dólar terminou a segunda-feira em alta ante o real, cotado à R$4,0880 (+0,98%), corrigindo parte do forte recuo da semana passada enquanto os investidores aguardavam mais uma pesquisa de intenções de votos do Ibope, depois que levantamento do BTG Pactual mostrou mais cedo avanço de Fernando Haddad (PT) na segunda colocação, com Jair Bolsonaro (PSL) estagnado na liderança.
O cenário externo em baixa, que mais cedo levou a moeda para as mínimas, acabou provocando influência contrária à tarde, favorecendo a alta. O dólar subia ante os pesos chileno, mexicano e o rand sul-africano, tendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China como pano de fundo, com a entrada em vigor de nova rodada de tarifas.
Ante a cesta de moedas, o dólar estava praticamente inalterado, com investidores à procura de pistas para estender o rali dos últimos meses na moeda antes da decisão do Federal Reserve nesta quarta-feira.
Na ocasião, o banco central norte-americano, deve elevar as taxas de juros no país, pela terceira vez neste ano, e os investidores querem indicações sobre um possível quarto aumento, em dezembro.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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