O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 30 pontos (-0,30%) no vencimento setembro/18, cotado à 116,40.
Já o dólar fechou em alta, cotado à R$3,7450 (+0,10%).
Bica corrida idéia de R$450,00.
INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER
CAFÉ
Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em baixa, à 116,40 cents/lb (-30 pontos) no vencimento setembro/18, chegando a tocar a mínima de 114,95 (-175 pontos). O mercado segue oscilando sem novidades fundamentais e na mínima dos últimos meses, restando apenas as rolagens de posição e fixações tardias à medida que nos aproximamos do first notice day (aviso de entrega física em NY).
Além destes fatores, temos no cenário macro, uma queda em escala do mercado de commodities como reflexo da guerra comercial entre EUA e China.
Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 115,35 e posteriormente em 114.30. Já resistências vistas em 117.05 e 117.70.
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, a semana começou com tempo firme na maior parte das áreas produtoras de café do Brasil. Houve chuva apenas nas áreas litorâneas do sudeste. Além disso, o ar polar que atuava na região sul começa a perder intensidade e as temperaturas também estão mais elevadas, diminuindo cada vez mais o risco para geada entre o Paraná e o sul de Minas. Os próximos dias seguem com padrão típico para esta época do ano. Entre o norte paranaense e o Espírito Santo o ar seco vai continuar atuando e não deve chover nas áreas de café. Além disso, as temperaturas ficam cada vez mais elevadas até o fim desta semana.
DÓLAR
O dólar terminou a terça-feira praticamente estável ante o real, cotado à R$3,7450 (+0,10%), com um movimento de correção que desobrigou o Banco Central a atuar no mercado de câmbio com os swaps tradicionais previamente anunciados, (pela primeira vez desde 14 de maio) e colocou o Brasil na contramão do exterior, onde predominou a aversão ao risco com o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifa de 10% sobre 200 bilhões em bens chineses e Pequim alertou que irá retaliar, em um rápido agravamento do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O Ministério do Comércio da China disse que Pequim vai reagir com medidas "qualitativas" e "quantitativas" se os EUA publicarem uma lista adicional de tarifas sobre bens chineses.
Na cena interna, operadores das mesas de tesouraria não viram uma justificativa para a correção do dólar num dia de grande nervosismo no mercado internacional. Citaram, além da forte alta recente da moeda, zeragem de algumas posições compradas bem como como o ajuste em baixa da curva de juros para a possível manutenção da Selic em 6,50% amanhã.
Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial
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