O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 65 pontos (-0,55%) no vencimento julho/18, cotado à 115,70.

Já o dólar fechou em alta, cotado à R$3,8120 (+2,61%).

Bica corrida idéia de R$455,00.

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

No pregão desta quinta-feira (14), a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em baixa, à 115,70 cents/lb (-65 pontos). Especuladores antecipam uma grande safra vinda do Brasil, de forma que estes permanecem vendidos no mercado. A atuação é fraca e essa falta de notícias abre brecha para mais quedas especulativas.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 115,12 e posteriormente em 114.53. Já resistências vistas em 116.72 e 117.73.

De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, uma frente fria que causou chuva e ventania no Paraná agora está na altura do Sudeste, mas não traz risco para as áreas produtoras da região. Este sistema trouxe chuva para São Paulo, inclusive na região da Mogiana, e também para o Sul de Minas, mas os volumes não foram expressivos. Para os próximos dias a chuva continua em todas as áreas produtoras do Sudeste e também no norte paranaense. A massa de ar polar que acompanha a frente fria vai derrubar as temperaturas entre a sexta-feira e o domingo. Porém, como ainda tem muitas nuvens, não há risco para geada nas áreas produtoras de café, pois as temperaturas não devem ser inferiores aos 5°C no amanhecer.

DÓLAR

O dólar encerrou o dia com alta de 2,67%, cotado à R$3,8120 (+2,61%), maior alta desde 18 de maio do ano passado, quando disparou 8,15% após delações de executivos da J&F acertarem em cheio o presidente Michel Temer. Nem mesmo as intervenções do Banco Central (BC) no decorrer do dia foram capazes de segurar a valorização da moeda.

A valorização de hoje foi influenciada pelos mercados externos, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar que vai acabar com seu programa de compras de títulos no fim deste ano, mas que isso não significava juros maiores no curto prazo. O mercado local também foi pressionado pela perspectiva de que está chegando ao fim o plano anunciado pelo Banco Central de intervir mais pesado até o fim dessa semana.

Desde sexta-feira passada, quando o BC anunciou que interferiria mais fortemente no câmbio, os leilões de swaps já somam 18 bilhões de dólares. O mercado segue testando o limite da autarquia monetária. Ontem, foram três intervenções. Hoje, mais três. Mesmo assim o BC não está conseguindo quebrar essa espiral de alta.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial