O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 100 pontos (-0,85%) no vencimento julho/18, cotado à 116,35.

Já o dólar fechou em alta, cotado à R$3,7150 (+0,10%).

Bica corrida idéia de R$450,00.

INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

No pregão desta quarta-feira (13), a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 116,35 cents/lb (-100 pontos). O ritmo de negócios envolvendo os cafés arábica e robusta segue lento no Brasil, cenário que vem sendo notado desde a segunda quinzena de maio, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. Nos últimos dias, especificamente, foram a forte oscilação do dólar e as incertezas relacionadas ao mercado externo que reduziram os negócios no mercado de café.

Além disto, o tabelamento dos fretes no país também vem atrapalhando as negociações e as entregas de café, especialmente nas regiões produtoras mais distantes, como Noroeste do Paraná e Rondônia.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 115,95 e posteriormente em 115.55. Já resistências vistas em 117.00 e 117.65.

De acordo com o boletim da Somar Meteorologia, por causa de uma frente fria a semana começou com chuva forte no Sul do Brasil, com muita ventania, granizo e até mesmo tornados no Rio Grande do Sul. Agora o sistema já está na altura do Sudeste, onde provoca chuva nesta quarta-feira (13), também com ventania e risco de granizo entre São Paulo e Sul de Minas. Nos próximos dias, chuva perde intensidade e dará lugar a uma intensa massa de ar polar, que irá derrubar as temperaturas, porém sem o risco de geada para o café. Entre Espírito Santo e o sul da Bahia, a chuva chega mais fraca entre quinta a sexta-feira.

DÓLAR

O dólar comercial fechou com leve alta nesta quarta-feira, cotado à R$3,7150 (+0,10%), mesmo com o Banco Central do Brasil fazendo três intervenções sendo que uma ocorreu logo depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apresentou a decisão do Comitê de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês), de elevar a taxa de juros dos Estados Unidos. Embora precificada, o comunicado tirou o apetite de todos os mercados acionários e mexeu na cesta de moedas.

Na cena interna, Banco Central ofertou e vendeu 40 mil contratos de swap, que equivale a venda de dólares no mercado futuro. Com isso, a autoridade monetária já pulverizou ao mercado US$18,116 bilhões na modalidade de swap.

Na leitura do mercado, a decisão do banco central dos Estados Unidos em elevar os juros poderá promover uma retirada forte de investimentos de volta para a economia norte-americana. Essa decisão implicaria numa desvalorização do real.

Conforme anunciado, o Banco Central brasileiro deverá seguir com as ofertas e com volume mais forte até a sexta-feira (15).

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial