12 de Novembro de 2018 às 20:26

Boletim Diário da Expocaccer 12/11/2018 - Dólar fecha em alta e arábica na ICE encerrou o dia novamente em forte baixa

Confira todos detalhes do mercado

CAFÉ

Continue lendo após anúncio
 

Nesta segunda-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia novamente em forte baixa, à 110,15 cents/lb (-370 pontos). O mercado segue em correção após se aproximar dos 120 cents/lb na semana passada, e hoje testou o importante suporte dos 110 cents/lb. 

Segundo estudo realizado pela Euromonitor International, o Brasil entrará em uma nova fase de consumo de café com a esperada recuperação do crescimento econômico, aponta um. O consumo fora de casa tende a avançar, estimulando a expansão de redes de cafeterias e lojas especializadas em café. 
Na avaliação da consultoria, o país está prestes a entrar de vez na terceira onda de consumo do café. Nessa fase, o consumo fica mais sofisticado e as cafeterias e lojas especializadas se forçam a desenvolver novas formas de servir a bebida, para atrair clientela. Já os processos automáticos de produção e preparação do café deixam de ser prioridade.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 108,58 e posteriormente em 107.02. Já resistências vistas em 112.78 e 115.42.
 
De acordo com a Somar Meteorologia, com a passagem de uma frente fria, a chuva ocorreu de forma intensa nos últimos dias em áreas produtoras de café no centro-sul do país. Com os altos volumes de chuva, a umidade do solo sofreu influências. Especialmente em áreas produtoras do Sudeste, os índices variam entre 90 e até 100% de água disponível no solo. Com esse solo encharcado as atividades de campo ficam um pouco paralisadas, mas como no momento, os produtores estão em fase de desenvolvimento, de floradas, a chuva é bem-vinda para manter a manutenção do solo. O problema foram os temporais com muito vento que acabam derrubando algumas flores dos pés. Para esses próximos dias, a expectativa é de tempo instável, com pancadas de chuva, mas dessa vez, sem grande intensidade, com acumulados entre 5 e 15mm. Na Última semana as chuvas continuaram em todas as regiões produtoras do país, inclusive em Rondônia e no Cerrado Mineiro, onde foram registrados os maiores volumes, além do Sul de Minas Gerais. Nessas regiões as chuvas superaram os 75 mm e levaram maior nível de umidade aos solos. Essas chuvas também ajudaram a recuperar e manter a umidade dos solos no Espírito Santo, norte do Paraná e na região da Mogiana, no estado de São Paulo. As temperaturas, de uma forma geral, ficaram acima da média em todas as regiões produtoras, mesmo onde houve um excesso de chuva, como na região do Cerrado Mineiro. Entretanto essas temperaturas mais altas não chegaram a prejudicar as recentes floradas, pois as chuvas ajudaram a melhorar as condições dos solos e manter em boas condições o desenvolvimento dos cafezais nessas áreas. Assim, os cafezais do Brasil seguem em boas condições de desenvolvimento, principalmente nas áreas que tiveram suas principais floradas entre o final de agosto e o mês de setembro e que agora já¡ tem os cafezais em fase de formação de frutos. Porém, com maior umidade no ar e temperaturas mais altas, a preocupação ficou em relação as condições fitossanitárias e a ocorrência de doenças nos cafezais, principalmente as doenças fúngicas, que vai exigir maior controle das doenças por parte dos produtores, que estão tendendo a reduzir os investimentos nos cafezais em função dos baixos preços obtidos na última safra.

DÓLAR

O dólar comercial terminou a segunda-feira em alta ante o real, cotado à R$3,7570 (+0,53%), monitorando o mercado externo, em meio às preocupações com a saída do Reino Unido da União Europeia e com o orçamento italiano, além do noticiário político local, que contou com a confirmação de mais um membro da equipe do governo Jair Bolsonaro.

O feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos encolheu a liquidez local, com muitos investidores fora do mercado mesmo com as bolsas norte-americanas funcionando neste pregão. 

Internamente, causou boa impressão no mercado a entrada do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy na presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme confirmação da assessoria de Paulo Guedes, futuro ministro da área econômica.
Havia especulação ainda sobre uma possível continuidade de Mansueto Almeida no Tesouro e a ida de Ana Paula Vescovi, atual secretária-executiva do Ministério da Fazenda, para a presidência da Caixa.


Italo Henrique. - Expocaccer / Departamento Comercial


Comentários

Termos de uso:

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Patrocínio Online. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O Patrocínio Online poderá remover, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos ou que estejam fora do tema da matéria comentada. É livre a manifestação do pensamento, mas deve ter responsabilidade!