INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

AJUSTE SEMANAL

Do dia 02/11 (contrato dezembro/18 @120.05) ao fechamento do dia 09/11 (contrato dezembro/18 @113.85) o mercado de café NY registrou 620 pontos de baixa (-5,16%).
O dólar comercial (USD/BRL) no mesmo período ajustou em alta, de 0,0405 centavos à @3,7370 (1,09%).

CAFÉ
-- Nesta sexta-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em baixa, à 113,85 cents/lb (-280 pontos). Após a alta no pregão anterior, que fez com que as cotações voltassem próximas ao patamar de 120 cents/lb na máxima do dia, o mercado do arábica teve um dia de acomodação técnica e agora volta a se aproximar dos 110 cents/lb.

Um fator que vem pesando nos movimentos recentes é o vencimento das opções em NY no dia de hoje (09/11), e a proximidade do first notice day (21/11), que força os movimentos de rolagem/liquidações no vencimento dezembro/18. 

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 112,90 e posteriormente em 111.95. Já resistências vistas em 115.60 e 117.35.
 
De acordo com a Somar Meteorologia, praticamente todas as principais áreas cafeeiras do pais devem receber boa chuva nesta sexta-feira. Os volumes maiores devem se localizar entre o Cerrado Mineiro, Matas de Minas e Espirito Santo, onde as chuvas permanecem até o início da próxima semana. Alertas sobre a presença do fenômeno El Niño já são vistos no Japão, Austrália e US. As autoridades da África do Sul alertam para um verão extremamente quente. No Vietnã a preocupação com o clima também já motiva alguns alertas sobre necessidade de irrigar 2x mais.

DÓLAR

-- O dólar comercial terminou mais um pregão ao redor da estabilidade ante o real, cotado à R$3,7370 (-0,05%), com fluxo pontual de venda aliviando a pressão altista que predominou durante todo o dia após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ter reafirmado sua postura de política monetária no dia anterior.

Com o Federal Reserve mantendo as taxas de juros, as altas nas próximas reuniões poderão afetar a liquidez. O Fed está seguindo o que já foi dito e a chance de alta na taxa para o mês de dezembro já está precificada. A dúvida segue para 2019, que vai depender de como a economia norte-americana se comportará e isso poderá ter influência na cesta global de moedas.

Internamente, o que se vê é a cautela do mercado com os passos do novo governo, porque não foi apresentado um plano de governo com começo, meio e fim. Temas relevantes como a Reforma da Previdência, metas fiscais, entre outros, ainda estão sendo discutidos. Embora com os sinais de interesse do atual governo em prosseguir com as decisões, os nomes que deverão ocupar as futuras pastas, em especial o Banco Central, ainda não foram citados. Diante desse quadro, o mercado interno fica um pouco incomodado.

Italo Henrique Expocaccer / Departamento Comercial