INFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

CAFÉ

Nesta terça-feira, a cotação do arábica na ICE encerrou o dia em forte queda, à 119,45 cents/lb (-205 pontos), bem próximo da mínima do dia (119,15 cents/lb). O mercado segue a correção do dia anterior, com o otimismo de que o clima seco permanece na maior parte das áreas de café arábica. Além disso, a greve dos caminhoneiros no Brasil atrasou entregas de uma quantidade significante de café, em pleno início de colheita. Contudo, muitos compradores não parecem buscar alternativas por agora.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 118,55 e posteriormente em 117.65. Já resistências vistas em 120.95 e 122.45.
 
De acordo com o boletim da Somar Meteorologia a presença de áreas de instabilidade, mantém o tempo nublado e com possibilidade de chuva fraca a moderada entre o Sul e o Sudeste do Brasil. Nesta terça-feira, a chuva se concentra ao longo da faixa leste das duas regiões, mas entre a quarta e a quinta-feira (7), a chuva poderá ganhar um pouco mais de força entre a Mogiana paulista e o Sul de Minas, podendo paralisar momentaneamente os trabalhos de colheita nestas regiões, já que o acumulado poderá atingir os 50mm em alguns pontos. No Paraná, os próximos dias ficam com o tempo mais firme e somente a partir do próximo fim de semana é que a chuva deverá ganhar força com a formação de um novo sistema frontal.

DÓLAR

O dólar fechou esta terça-feira em alta de 1,81%, cotado a R$3,8120 na venda. É o maior valor de fechamento em mais de dois anos: em 2 de março de 2016, o dólar fechava R$3,888. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,63%.

Investidores seguem cautelosos após a divulgação de dados sobre a economia dos Estados Unidos, o que pode sinalizar um possível avanço da inflação. Com mais inflação, a tendência é os juros por lá subirem, o que pode atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro.

No Brasil, o mercado também acompanhava a cena política, de olho nas pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano.
A atuação do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio amenizou a alta do dólar em determinado momento deste pregão, mas não o suficiente, em sua determinação de manter os leilões extras de swaps cambiais tradicionais (contratos equivalentes à venda futura de dólares) iniciados no final de maio.
Italo Henrique - Expocaccer / Departamento Comercial