O mercado de café NY no pregão de hoje ajustou baixa de 175 pontos (-1,41%) no vencimento maio/18, cotado à 122,20.

Já o dólar ajustou baixa de 0,0050 centavos (-0,15%), cotado à R$3,2510.

Bica corrida idéia de R$440,00

NFORMATIVO DIÁRIO - EXPOCACCER

AJUSTE SEMANAL

Da abertura do dia 26/02 (contrato MAIO/18 @121.00) ao fechamento do dia 02/03 (contrato MAIO/18 @122.20) o mercado de café NY ajustou alta de 120 pontos (0,99%).

Já o dólar comercial (USD/BRL) no mesmo período ajustou alta de 0,093 centavos à @3,2510 (0,28%).

Do primeiro pregão de 2018 até o dia 02/03/2018 o mercado de café NY ajustou queda de 400 pontos.

POSIÇÃO DOS FUNDOS

Segundo o CFTC (Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities) do dia 20/02 ao dia 27/02, os fundos SPECS compraram 5.199 lotes, passando para uma posição líquida vendida de 53.355 lotes.
Neste mesmo período o mercado registrou 140 pontos de alta.

CAFÉ

Nesta sexta-feira (02), a cotação do arábica na ICE encerrou o pregão em baixa, chegando a tocar a mínima de 121.75 cents/lb (-220,00 pontos) no contrato maio/18, em um movimento de ajustes técnicos e realização ante as altas recentes.

As cotações do arábica fecharam a semana com um acumulado positivo, diferentemente do robusta, que apresenta estar ingressando em um canal de baixa quando se observa os gráficos diários.

Os fundos seguem com uma posição líquida bastante vendida, tomando como princípio uma grande safra no Brasil, bem como no Vietnã, e estimam que os compradores estão supridos neste momento.

Tecnicamente, os principais pontos de suporte no arábica são observados em 122,28 e posteriormente em 120.62. Já resistências vistas em 124.83 e 125.72.

Em boletim da Somar Meteorologia, a semana termina com mais um dia típico de verão na Região Sudeste, com sol, calor e tem previsão para chuva na forma de pancadas especialmente no fim do dia. A chuva poderá ser forte, mas ainda em pontos isolados da Região, e a partir da semana que vem, a chuva ganha intensidade no Sudeste, sobretudo em Minas Gerais, onde o acumulado poderá ultrapassar 130mm, na Zona da Mata Mineira. No norte do Paraná, também chove, mas de forma menos intensa e mais isolada.

DÓLAR

Nesta sexta-feira, o dólar operou durante a maior parte do pregão no lado positivo da cotação em um dia de maior aversão ao risco na cena externa, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que adotará tarifas sobre as importações de aço e alumínio.

A proposta de sobretaxação das importações de aço (25%) e do alumínio (10%) está tendo péssima repercussão em todo o mundo, inclusive nos EUA, onde Trump não tem o apoio nem dos republicanos, nem de Wall Street, que teme por uma guerra comercial prejudicial ao país e pelo impacto inflacionário* da medida. Pregões asiáticos operaram em queda forte, enquanto o Brasil recebeu a medida com “enorme preocupação”, levando em consideração que uma guerra comercial gera desgaste para os emergentes. Países como o Brasil vinham ganhando tração com esse crescimento mundial forte que não acontecia há anos e, agora, podem perder esse movimento. Além disso cabe salientar que esta decisão pode causar impactos em todas as commodities.

Em meio às reações negativas que a decisão provocou nesta sexta-feira, ele ainda declarou em suas redes sociais que “guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar”. A Comissão Europeia reagiu declarando que não hesitará em proteger sua indústria, enquanto a China afirmou que atuará para defender seus interesses.

O Brasil que foi o segundo maior exportador de aço para os EUA em 2017 (4,7 milhões/t), com um faturamento de US$ 2,6 bilhões (R$ 8,3 bilhões), por meio do governo brasileiro disse que tentará evitar a barreira protecionista dos EUA, e “não descarta eventuais ações complementares, para preservar seus interesses no caso concreto”.

No exterior, o dólar caía com a decisão de Trump levantando o risco de retaliação de importantes parceiros comerciais como China, Europa e Canadá. O movimento de alta ante o real, no entanto, era mais contido diante de um fluxo de venda, que no decorrer do pregão trouxe a cotação para o negativo, fechando à R$3,2510 (-0,15%).

Italo Henrique - Expocaccer / Departamento Comercial