YARA ADQUIRI 60% DE PARTICIPAÇÃO DA BRASILEIRA GALVANI
Notícia importante para a região, sobretudo para a população de Serra do Salitre, onde a empresa Galvani, deu início a implantação de seu projeto previsto para começar até 2015. O amigo, Rondes Machado, leu no Valor: "A norueguesa Yara International ASA anunciou que assinou um acordo no valor de US$ 318 milhões para adquirir 60% de participação da Galvani, empresa brasileira de fertilizantes fosfatados, de capital fechado e controlada pelo empresário brasileiro Rodolfo Galvani Jr.
Em comunicado, a Yara informa que a Galvani atua na mineração de rocha fosfática e produção de fertilizantes fosfatados (Super Fosfato Simples - SSP), atendendo principalmente os mercados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. A Galvani tem planos de expansão que incluem dois novos projetos (greenfield) de mineração de rocha fosfática no Brasil.
O valor de US$ 318 milhões por 60% da participação na Galvani compreende US$ 132 milhões para os negócios existentes e US$ 186 milhões para os projetos de mineração e produção, e pode ser ajustado por alguma variação em relação ao capital de giro normalizado (US$ 42 milhões) no momento da conclusão do negócio. Além disso, caso certas condições relacionadas a projetos de mineração da Galvani em andamento sejam atingidas, a Yara se compromete a apoiar o desenvolvimento dos mesmos, cujo investimento total é de US$ 920 milhões, com participação de US$ 552 milhões (referente aos 60% de sua participação) até 2019 - o financiamento será decidido com base na maximização de valor para a companhia.
A transação está sujeita à aprovação das autoridades brasileiras anticoncorrenciais (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras aprovações habituais. A conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre deste ano.
O presidente e Chief Executive Officer (CEO) da Yara International, Joergen Ole Haslestad, disse no comunicado que a aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo posição no Brasil e mostrando compromisso com o desenvolvimento e investimento na agricultura brasileira.
Há um ano, a Yara anunciou a aquisição do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil. A transação foi avaliada em US$ 750 milhões, compreendendo um valor de capital de giro líquido de US$ 385 milhões, além de outros ativos no valor de US$ 365 milhões.
O presidente do Conselho de Administração da Galvani, Rodolfo Galvani Jr., informou que o acordo com a Yara transcende uma joint venture tradicional. Segundo ele, a empresa passa a contar com o parceiro ideal para a adoção mais rápida e eficiente dos seus projetos.
As receitas totais da Galvani registraram, em 2013, US$ 352 milhões, com um Ebitda de US$ 48 milhões. A companhia tem capacidade de produção de SSP de cerca de 1 milhão de toneladas por ano por meio dos complexos industriais de Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utilizam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) e Irecê (BA).
Os principais projetos em desenvolvimento da Galvani são: Salitre/MG (greenfield) - cerca de 1,2 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano; Angico/BA (brownfield) - cerca de 150 mil toneladas adicionais de rocha fosfática por ano; Santa Quitéria/CE (greenfield) - cerca de 800 mil toneladas de rocha fosfática por ano.
Além da rocha fosfática, os projetos em desenvolvimento incluem a produção de fertilizantes fosfatados. Estes projetos deverão ser concluídos de 3 a 5 anos após o fechamento do negócio.
A Yara International assinou um acordo no valor de US$ 318 milhões para adquirir 60% de participação na Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A. Do total a ser pago, US$ 132 milhões são destinados para os negócios existentes e US$ 186 milhões para os projetos de mineração e produção, valor este que pode ser ajustado por alguma variação em relação ao capital de giro normalizado (US$ 42 milhões) no momento da conclusão do negócio, diz a Yara em comunicado.
PROJETO SERRA DO SALITRE
A LI (Licença de Instalação) do Projeto Serra do Salitre, é um dos novos empreendimentos do Grupo Galvani, foi aprovada pelo Copam (Conselho de Política Ambiental) em 10 de maio. Esta autorização permite que a empresa comece as obras para a atividade de mineração de fosfato no município, localizado no Alto Paranaíba (MG). O minério será utilizado como matéria prima para a produção de fertilizantes e fosfato bicálcico. O início das operações está previsto para 2015. om investimentos na ordem de R$ 750 milhões e capacidade de beneficiamento de 1 milhão de toneladas de concentrado fosfático por ano, o Complexo Minero Industrial de Serra do Salitre (CMISS) contará também com uma unidade química que fará a produção de fertilizantes e fosfato bicálcico no mesmo local.
No trabalho de terraplenagem do terreno, estima-se que serão gerados três mil postos de trabalho. Depois, na operação, serão gerados cerca de 800 empregos diretos. Diante disso, a Galvani estabeleceu parcerias com SENAI, SENAT, SESI, Governo do Estado, Prefeitura Municipal e Secretarias de Educação e Desenvolvimento Social para capacitar a mão de obra local. Desde o segundo semestre de 2012, o programa já formou na cidade turmas de Motorista de Caminhão, Operador de Máquinas Pesadas, Pedreiro de Alvenaria, Armador de Ferragem e Carpinteiro de Obras. Novos cursos estão programados para os próximos meses.
“O Projeto Serra do Salitre e também o de Santa Quitéria, no Ceará, vão ampliar significativamente a capacidade de exploração, beneficiamento e industrialização de fosfato da Galvani, levando a empresa a conquistar uma fatia maior no mercado brasileiro de fertilizantes, que atualmente está em franca evolução”, afirma Luiz Antonio Bonagura, diretor-presidente da empresa.
Galvani/Yara, projeto Serra do Salitre, agora sai...pegunta que não quer calar: A quantas anda a Vale em Patrocínio???