Você trabalhou a vida inteira, contribuiu mês após mês e agora está perto de se aposentar.
Mas aí vem a dúvida: qual regra escolher?
E mais importante: será que a decisão que você vai tomar hoje vai garantir o melhor valor para o resto da sua vida?
Depois da Reforma da Previdência, entender todas as modalidades de aposentadoria virou um desafio. As regras mudaram, surgiram exigências novas, cálculos diferentes e, para piorar, cada modalidade pode resultar em um valor final muito diferente para o mesmo segurado.
No INSS, existem várias formas de se aposentar:
E é aí que mora o perigo: cumprir os requisitos não significa que você vai receber o melhor valor.
Entenda as modalidades mais comuns
Aposentadoria por idade:
Hoje, o trabalhador urbano precisa ter 65 anos e 20 anos de contribuição (homens) ou 62 anos e 15 anos de contribuição (mulheres). Já para o trabalhador rural, pescador artesanal e segurado especial, a regra é de 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres) com 15 anos de atividade rural. Existe ainda a aposentadoria híbrida, que permite somar períodos de trabalho urbano e rural.
Aposentadoria especial:
Para quem trabalhou exposto a agentes nocivos à saúde, como produtos químicos, ruído, calor, risco biológico ou periculosidade. Antes da Reforma, bastava comprovar 15, 20 ou 25 anos nessas condições. Agora, também é exigida idade mínima (55, 58 ou 60 anos, conforme o caso). Quem já estava no sistema antes de 2019 pode se encaixar nas regras de transição.
Aposentadoria por tempo de contribuição:
Não existe mais como regra permanente, mas há regras de transição para quem já contribuía antes da Reforma, como o pedágio de 50%, pedágio de 100%, sistema de pontos e idade mínima progressiva.
Aposentadoria do professor:
Regras diferenciadas para quem atua exclusivamente na educação infantil, ensino fundamental e médio. O tempo de contribuição exigido é menor e a idade mínima também.
Aposentadoria da pessoa com deficiência:
O tempo necessário varia conforme o grau da deficiência (leve, moderada ou grave), e existe também a possibilidade de se aposentar por idade mais cedo.
Aposentadoria por invalidez:
Agora chamada de aposentadoria por incapacidade permanente, é concedida quando o segurado não pode mais exercer nenhuma atividade profissional e não pode ser reabilitado para outra função.
Por que escolher errado custa caro
Muita gente se aposenta na primeira oportunidade sem avaliar as consequências. O resultado?
Para você ter ideia, já atendi um cliente que podia se aposentar de imediato, mas, com uma projeção que fizemos, ele optou por esperar dois anos. O benefício aumentou 35% e isso fez diferença para o resto da vida dele.
Antes de pedir sua aposentadoria, faça um cálculo detalhado e compare todas as regras disponíveis para o seu caso.
Planejamento previdenciário: a chave para o melhor benefício
O planejamento previdenciário é um estudo completo do seu histórico de contribuições e das regras vigentes, que mostra qual é a melhor opção para você, levando em conta o momento ideal, o valor e as regras de cálculo.
Com ele, você evita erros irreversíveis e garante que todo o esforço de anos de trabalho seja recompensado da forma mais vantajosa possível.
Conclusão
A aposentadoria é mais que o fim de uma etapa: é o início de um novo capítulo da sua vida.
E a decisão que você toma agora vai definir o quanto de segurança e tranquilidade você terá no futuro.
Cada mês conta. Esperar ou agir no momento errado pode custar caro.
Se você está perto de se aposentar, fale conosco e descubra como transformar anos de contribuição no benefício que você realmente merece.
Adrielli Cunha – Sua Advogada
Especialista em benefícios do INSS e planejamento previdenciário.