UBERLÂNDIA (MG) – No dia 14/09, por volta das 06h04m, o Centro de Operações da Polícia Militar repassou informações às viaturas do turno de um possível homicídio.
Os militares deslocaram para rua Piauí, bairro Custódio Pereira e deparando com o suspeito J. V. M. S., 18 anos, do lado de fora do local dos fatos.
Este apontou aos militares onde estava o corpo e os policiais localizaram a vítima Luiz Carlos Pereira, 44 anos, em um corredor de acesso a uma colônia, já sem vida, com fratura no crânio, com perda de massa cerebral e grande hemorragia.
Os militares perguntaram ao suspeito sobre o fato e possível autoria do delito, e este informou, num primeiro momento, que durante uma festa que participava, um terceiro homem alto e forte, que havia cometido o crime e fugido do local, inclusive, havia tentado ajudar a vítima, porém se contradizendo em seguida ao dizer que no momento dessa suposta briga fugiu do local.
Os policiais isolaram e fizeram o acionamento da Perícia da Polícia Civil e da Funerária.
Os militares durante conversa com o suspeito, notaram que as mãos dele estavam lesionadas, principalmente a destra o que somado às versões contraditórias, ascendeu a suspeição da autoria.
Os policiais perguntaram ao suspeito se ele autorizava a entrada dos militares em sua residência, o que foi permitido.
Após averiguações, encontrou-se no interior da casa uma calça suja de sangue, aumentando ainda mais a suspeita.
A Perita da Polícia Civil chegou ao local e realizou os trabalhos de praxe.
Com os indícios de autoria, os militares perguntaram novamente o suspeito e desta vez assumiu a autoria do crime, relatando aos militares envolvidos na ocorrência como se deram os fatos.
O suspeito relatou que na data do dia 13/09, por volta das 20h00min, foi à casa de l. S., 22 anos, para jogarem videogame e beberem, onde também estava outro morador da colônia, A. R. A,, 34 anos. Já por volta das 23h30min, a vítima chegou à residência de L. S., e passou a confraternizar com os demais, entretanto, o suspeito relatou que havia um desentendimento anterior com a vítima por conta de uma humilhação que está infligiu à irmã do autor e que, por isso, procurou evitar contato. Porém, mais tarde, quando já estavam somente a vítima e o suspeito, uma vez que os demais haviam dormido, já muito embriagados pelo consumo reiterado de álcool, passaram a se desentender, motivo pelo qual o autor desferiu três socos contra o rosto da vítima, que caiu ao solo e foi golpeada, em seguida, com uma barra de ferro régua de pedreiro, na região da cabeça.
Diante da cena, o autor pegou o instrumento do crime, saiu do local, pela rua Piauí até um matagal, que há no final desta rua, e arremessou a barra de ferro no mato. Depois, voltou a sua residência na colônia, tomou banho, trocou de roupa e lavou a camiseta suja de sangue que usara no momento do crime.
Os militares ressaltam que o autor, desde o momento da chegada dos policiais, foi cooperativo, inclusive, indicando pessoalmente o local onde arremessou a barra de ferro.
Os moradores da Colônia também foram perguntados, e segundo eles, ninguém presenciou o momento do crime.
O morador L. S., confirma que os outros moradores estavam em sua residência jogando e bebendo.
O primeiro desde às 19h00min e o segundo desde às 21h00min do dia 13, sendo que a vítima chegou ao local por volta da 00h00min do dia 14. Relata também que A. R. A., deixou o local por volta da 01h30min, a pedido da esposa deste, e que também foi dormir por volta das 02h30min, deixando a vítima e o autor em sua casa.
Questionado se vítima e autor haviam discutido durante o evento, informou que não e que aparentavam não ter desavença. A. R. A., também foi perguntado sobre os fatos, confirmando o inteiro teor das declarações de L. S., acrescentando que a vítima e o autor não demonstravam ter inimizade. Também foi ouvido O R. M. S., 24 anos, que mora na Colônia, inclusive, seu quarto é dividido pela parede onde ocorreu os fatos, narrando que estava dormindo e que acordou ouvindo "sons de espancamento", e uma voz dizendo: "você não deveria estar aqui", sem acrescentar mais informações. Ouviu-se também a irmã do autor, que confirmou uma desavença anterior com a vítima, mas que não se recorda do fato em específico, inclusive sequer se importando com isso, uma vez que era amiga tanto da vítima, quanto da esposa desta.
Sobre os fatos, a irmã do autor relatou que não presenciou, que viu o autor quando este deixou sua residência por volta das 21h00min, somente o revendo de madrugada, mas que por estar sonolenta, não percebeu qualquer alteração nele.
Foi apreendida a barra de ferro, usada no crime, a calça suja de sangue encontrada na casa do autor, o celular deste e uma segunda calça jeans com respingos de sangue, que estava sendo usada por L. S., inclusive na presença dos policiais, sendo que esse sangue foi explicado por L. S., como sendo de seu próprio nariz e da noite anterior, fato este confirmado por A. R. A.
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