25 de Outubro de 2016 às 09:53

Saiba o que a Síndrome da Fadiga Crônica neste artigo da Dra. Jaqueline Batistuta

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A síndrome da fadiga crônica é uma doença caracterizada pela fadiga extrema, que não pode ser explicada por nenhuma condição médica subjacente. Nesta síndrome, a fadiga costuma piorar com a atividade física ou mental, mas também não melhora com o repouso. É importante saber que existem diferenças entre possuir a síndrome da fadiga crônica e apresentar fadiga com frequência. 

1) O que é?

Fadiga pode ser definida como uma sensação de cansaço generalizado ou falta de energia que não está relacionada exclusivamente à exaustão. Pode ser dividida nas seguintes entidades, conforme duração e apresentação dos sintomas: fadiga prolongada – fadiga incapacitante e prolongada com duração de pelo menos um mês; fadiga crônica – fadiga incapacitante e
prolongada, com duração de pelo menos seis meses.

2) Como é feito o diagnóstico?

O sintoma fadiga deve ser diferenciado especificamente de fraqueza (doença neuromuscular), dispneia ou intolerância ao esforço (doença cardíaca ou respiratória), sonolência, perda de motivação ou prazer. Outras queixas podem orientar a diagnósticos alternativos, como perda de peso inexplicada(cânceres, infecções ocultas, tireotoxicose), pele seca e intolerância ao frio (hipotiroidismo), ronco e sonolência diurna (apneia do sono), artralgia e rash cutâneo (colagenoses). Além de uma história clínica e de um exame físico detalhados, o médico pode lançar mão de exames complementares para excluir os outros diagnósticos aventados. Uma vez realizada esta avaliação inicial e não se encontrando alguma causa que explique a fadiga persistente, define-se o quadro de fadiga crônica.

3) Existe tratamento?

Além de não existir um tratamento que a cure, os tratamentos disponíveis que evidenciaram efetividade não garantem remissão completa dos sintomas de forma isolada. Necessita-se, assim, de um cuidado biopsicossocial destes pacientes, capaz de promover uma melhor qualidade de vida.

Alguns princípios importantes no manejo destes pacientes:
• Desenvolver um plano de manejo individualizado para reabilitação física e social;
• Desencorajar o excesso de descanso e minimizar o isolamento social;
• Avaliar a origem de qualquer novo sintoma ou deterioração da função;
• Prover suporte psicológico para a pessoa e sua família;
• Terapia com exercícios gradativos;
• Tratar a associação com quadros depressivos e ansiosos.

4) E as alternativas não convencionais de tratamento?

Outros tratamentos foram testados e NÃO demonstraram melhora clínica da fadiga e da capacidade funcional estatisticamente significante, são eles: polivitaminicos na ausência de deficiência vitamínica detectada pelo médico e vigência de dieta equilibrada, ácidos graxos, ginseng siberiano, extrato de fígado bovino, corticóide nasal, hormônio do crescimento, melatonina e fototerapia.

Fonte: Projeto Diretrizes, Associação Médica Brasileira

Dra. Jaqueline de Araújo Rezende Batistuta
Médica de Família
CRM-M.G. 46.469  RQE 35.362
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