30 de Março de 2017 às 10:53

Réus e testemunhas são ouvidos em caso de atentado contra promotor na cidade de Monte Carmelo

Julgamento acontece na tarde desta quarta-feira (29) em Uberlândia.

Acontece nesta quarta-feira (29), em Uberlândia, o julgamento de Julianno Aparecido de Oliveira e Valdelei José de Oliveira, acusados de tentar matar promotor de Justiça  Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, em Monte Carmelo, em 2015. Além dos acusados e da vítima, serão ouvidos na audiência cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação.

De acordo com a denúncia, Julianno Aparecido de Oliveira foi incentivado pelo pai, o ex-presidente da Câmara Municipal de Monte Carmelo, Valdelei José de Oliveira, a cometer o crime por vingança em razão de ações movidas contra ele. Pai e filho foram denunciados pela prática de tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Embora o fato tenha ocorrido em Monte Carmelo, o julgamento está na comarca de Uberlândia, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), para assegurar a imparcialidade e a segurança dos jurados.

Entenda o caso
Marcus Vinícius Ribeiro Cunha era promotor de Justiça em Monte Carmelo e, em 2013, esteve à frente da operação Feliz Ano Novo, que teve como objetivo desmontar esquema de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público na Prefeitura e na Câmara Municipal de Monte Carmelo. O réu Valdelei figurou como um dos investigados, tendo sido afastado, por ordem judicial, do cargo de vereador.

No dia 21 de fevereiro de 2015, o promotor foi abordado em frente à sede da Promotoria, onde trabalhava de plantão. Segundo informações da Polícia Militar (PM), ele saía do local quando um motociclista se aproximou e efetuou 15 disparos contra o veículo dele.

Três tiros atingiram as costas de Marcus Vinícius, que teve perfurações no pulmão e rins. Ele conseguiu sair do veículo, mas foi atingido novamente. O promotor ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Clara até se recuperar e ter alta.

Após o crime, a polícia conseguiu informações e imagens de videomonitoramento. As imagens verificadas apontaram o suspeito sendo Julianno Aparecido de Oliveira, que tinha 22 anos na época. A polícia foi até a casa dele, em Romaria, realizou buscas no local e encontrou a motocicleta e uma pistola calibre 32. Ele foi detido na ocasião.

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito disse que o promotor processou e conseguiu a prisão do pai dele, que era presidente da Câmara de Monte Carmelo. Disse ainda que a vítima humilhou o pai dele o fez perder o cargo público. Por isso, ele ficou revoltado e quis matar o promotor.

Fonte: G1 Fotos: Arquivo Patrocínio Online

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