1) O que é a Fibromialgia?
A Fibromialgia é uma doença reumatológica manifestada por dor muscular difusa, cansaço, sono não reparador, formigamentos/dormências e grande sensibilidade ao toque e à compressão de determinados pontos do corpo.

2) Qual é a causa da Fibromialgia?
Não existe ainda uma causa definida. Na
verdade, seria como se o cérebro das pessoas com Fibromialgia interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Mesmo não conhecendo a causa exata, sabe-se que algumas situações provocam piora das dores em quem tem Fibromialgia. Alguns exemplos são: excesso de esforço físico, estresse emocional, infecções, exposição ao frio, sono ruim ou trauma.

3) Por que se fala tanto de depressão relacionada à Fibromialgia?
A depressão é muito frequente na Fibromialgia, estando presente em até 50% dos pacientes. Vários estudos confirmam que a dor sentida pelo
paciente com Fibromialgia é real, e não imaginária ou “psicológica” como alguns supunham. Quando presentes em um mesmo paciente, tanto a depressão quanto a Fibromialgia devem ser adequadamente tratadas.

4) Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Fibromialgia é essencialmente clínico. Na consulta médica, podem ser utilizados alguns questionários que ajudam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento dos pacientes. Entre esses questionários estão o Índice de Dor Generalizada, o Índice de Severidade dos Sintomas e o Questionário de Impacto da Fibromialgia.

5) Existe cura para a Fibromialgia?
A Fibromialgia é uma condição médica
crônica, que dura por muito tempo, possivelmente por toda a vida. Embora não exista cura, a Fibromialgia não é uma doença progressiva. Ela, isoladamente, nunca é fatal e não causa danos às articulações, aos músculos, ou órgãos internos. Apesar de em muitas pessoas a Fibromialgia melhorar com o tempo, há casos nos quais os sintomas retrocedem quase totalmente.

6) Prevenção Terciária
Consiste em medidas de tratamento e reabilitação de casos estabelecidos de Fibromialgia e visa à redução da duração e do grau de limitação da doença como, por exemplo: caminhada, hidroginástica e alongamento. A atividade física deve ser sempre iniciada de forma gradual, com incrementos progressivos. O ideal é que seja realizada de três a cinco vezes por semana, durante 30 a 60 minutos. É reconhecidamente um método não medicamentoso de grande impacto na
melhora da dor, do humor e da qualidade de vida dos pacientes com Fibromialgia. Constitui-se, assim, uma intervenção fundamental, aliada às medidas medicamentosas, para o tratamento da
Fibromialgia. Além disso, a Psicoterapia Cognitiva-Comportamental (TCC) pode auxiliar o paciente a entender e interpretar melhor suas atitudes
frente à dor e demais sintomas da Fibromialgia para enfrentá-los de forma mais eficaz.

Dra. Jaqueline de Araújo Rezende Batistuta
Médica de Família
CRM-M.G. 46.469 RQE 35.362
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